Lionel Messi não teve vida fácil, desde criança que era muito apegado à bola, mas desde cedo lhe foram diagnosticados alguns problemas.
Aos 8 anos Messi foi considerado autista, e aos 11 anos foi-lhe detectado um problema hormonal que lhe retardava o desenvolvimento ósseo e consequentemente o seu crescimento. Aos 13 anos, foi mesmo considerado anão.
O talento de Messi desde cedo sobressaiu em relação aos outros meninos, mas os pais tiraram-no da equipa onde jogava porque houve um jogo que não tinham dinheiro para pagar os bilhetes e o clube não os deixou assistir ao jogo do seu filho.
Aos sete anos o pai volta a inscrever Messi para fazer aquilo que mais gostava, conduzir a bola com o seu pé esquerdo e driblar tudo e todos.
Mas, os diagnósticos médicos alarmaram Messi, e os custos do tratamento alarmaram seus pais. Messi tinha que fazer um tratamento durante 42 meses, que consistia em apanhar injecções de somatropina, uma hormona de crescimento inscrita na tabela de produtos proibidos pela Agência Mundial de Antidopagem e só autorizada para fins terapêuticos.
Os tratamentos tinham um custo de 1000 euros mensais, quatro meses de rendimentos da família de Messi, que vivia num bairro pobre de Rosário. Durante 18 meses os tratamentos foram pagos pela fundação onde o pai trabalhava, até que a fonte secou. Como o Newells Old Boys, clube onde brilhava Messi não quis pagar o tratamento, seu pai ofereceu Messi ao River Plate, e como o River mostrou interesse em Messi, o Newells voltou atrás e ofereceu 200 pesos por mês a Messi, dinheiro insuficiente para pagar os tratamentos. Sem tratamentos contra o nanismo, os prognósticos médicos eram arrasadores, Lionel Messi chegaria à idade adulta com 1,50 metros de altura, no máximo.
O pai de Messi não se resignou, ele sabia que o filho, pequeno no corpo, mas gigante no talento, tinha tudo para vingar no mundo do futebol.
A famíla Messi foi mais forte, e com a ajuda de uma tia de Lionel, emigrada na Catalunha, a famíla viajou para Lérida, Messi tinha 12 anos. Dias depois o pequeno prodígio foi fazer testes ao Barcelona, e com a bola quase a dar-lhe pelos joelhos, com uma enorme habilidade, logo maravilhou os treinadores do Barça.
Carles Rexah, director desportivo do clube, hesitava em contratar Messi, até que o viu treinar, e depois de ver o craque em acção não hesitou e tratou logo de fazer o seu contrato. Tal foi o seu espanto, quando o pai de Messi apenas pediu para que o clube pagasse os tratamentos do seu filho. Foi dito e feito.
Em 2003 a milagrosa hormona faria de Messi um rapagão de 1,69 metros, actual altura do prodígio.
Aos 17 anos Leo, que foi o nome que lhe deram no Barça, entrou para o Barcelona B, mas só efectuou 5 jogos, o seu enorme talento reclamava maiores palcos. Rapidamente começou a jogar na equipa principal.
A 16 de Outubro de 2004, o prodígio estreou-se na liga espanhola, num dérbi com o Espanhol. No dia 1 de Maio de 2005 entrou para a história do Barça, marcou ao Albacete e tornou-se o mais jovem jogador a marcar um golo pelo Barcelona. Aos 17 anos começou a lenda.
Desde então Leo tem espalhado magia pelos relvados por onde passa.
Em 2005 foi eleito Golden Boy, melhor jogador do mundo e melhor jogador do Mundial sub-20.
Em 2008/2009 foi eleito o melhor atacante e melhor jogador da Liga dos Campeões.
Em 2009 foi eleito melhor jogador da final e melhor marcador do Mundial e teve a consagração máxima, foi eleito Melhor Jogador do Mundo de 2009, com um feito inédito do Barça; Campeão de Espanha, Vencedor da Taça do Rei, Vencedor da Supertaça Espanhola, Vencedor da Supertaça Europeia, Vencedor da Liga dos Campeões e Vencedor do Mundial de Clubes.
Em 2010 e pela 2ª vez consecutiva foi eleito Melhor Jogador do Mundo.
O prodígio considerado um dos melhores do Mundo de sempre, já é comparado a Maradona.
O menino que o Barça contratou pelo custo da terapia de crescimento é hoje a maior jóia do futebol mundial, o menino pobre que vivia num bairro de La Heras é hoje multimilionário, o menino que algumas equipas recusaram é hoje O Melhor do Mundo. Tudo graças a um pai que nunca desistiu do seu filho e tudo fez para conseguir que ele vingasse não só no futebol mas também na vida.
Messi deve tudo ao seu pai, que nunca desisitiu do seu sonho, curar o seu filho.