“No âmbito de uma operação contra o tráfico de droga, num bairro de barracas, em Almada, a GNR foi surpreendida com a descoberta de uma criança deficiente presa com cordas a uma cama, na casa de um suspeito. O pai foi constituído arguido.
Os militares que realizavam, anteontem, as buscas domiciliárias no bairro degradado Terras de Lello Martins, na Costa de Caparica, depararam-se com uma criança com deficiência, amarrada a uma cama, com cordas, na casa de um dos suspeitos visados na investigação.A menina, com oito anos, sofre, ao que foi possível apurar, de autismo e os seus progenitores mantinham-na em condições precárias na casa onde viviam. “Estava debilitada, amarrada e em condições sub-humanas”, revelou fonte da GNR.
Os polícias libertaram, de imediato, a criança e encetaram diligências no sentido de reportar o caso a instâncias superiores, realizando um auto de notícia por maus tratos e participando o caso à Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco (CNPCJR).
Na mesma casa residia também a mãe da criança, que terá justificado a prisão involuntária com o facto de ter de ir trabalhar e não poder deixar a menor à sua mercê, perante a sua condição de saúde. O casal, de nacionalidade cabo-verdiana, coabitava ainda com outras três crianças, todas menores, numa casa improvisada e num bairro ilegal, cujas condições se apresentam muito precárias.
No âmbito da rusga policial, o pai da menor foi constituído arguido, por suspeita de fazer parte de um grupo organizado que se dedicava ao tráfico de estupefacientes. Esta foi a terceira operação, no espaço de alguns meses, levada a cabo pela GNR, na zona das Terras da Costa, no âmbito de investigações por tráfico. Cinco pessoas foram detidas e outras seis constituídas arguidas, após investigação do Núcleo de
Investigação Criminal de Almada, que visou ainda uma busca domiciliária no Monte da Caparica e outra também a Norte de Lisboa.
Três dos arguidos ficaram em prisão preventiva, sendo que todos eles contavam já com diversos antecedentes criminais. Ao que foi possível apurar, um dos arguidos estava, inclusive, sujeito a uma medida de coacção que o proibia de se aproximar do bairro, mas não cumpriu.”
FONTE: http://www.cbnmanaus.com.br/diariodeumautista/
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